
Em 1986, um Acordo assinado por 88 países instaurou uma moratória à pesca comercial das baleias, com exceção do Japão, Islândia e Noruega, tradicionais caçadores dos cetáceos. Em 2005, outros 14 países, incluindo o Brasil, integrantes da Comissão Internacional da Baleia, reconhecida pela ONU, lançaram a Declaração de Buenos Aires, de apoio à proibição mundial da matança de baleias.
Neste ano, a Islândia já colocou os baleeiros no mar para caçar uma cota “oficial” de 239 animais. Apenas 1,7% dos islandeses consomem carne do cetáceo, ou seja, menos de 6 mil pessoas, o restante é exportado para o Japão. Calcula-se que desde 2008, 8,8 mil toneladas de carne e gordura de baleira foram embarcadas para o Japão, onde hoje é baixo o consumo de carne de baleia, usada mais para merenda escolar e ração animal.
Recentemente, o Japão também capturou 122 baleias minkes, prenhas, totalizando 333, no período de novembro de 2017 a março de 2018, segundo a Comissão Internacional que regula a caça às baleias. O Japão alega que a pesca é destinada à pesquisa.
O Japão tem tradição na caça, uma vez que a carne da baleia passou a ser fonte de proteína depois que o país foi devastado pela Segunda Grande Guerra. Atualmente, contudo, somente 4% dos japoneses consomem. Os ambientalistas argumentam que a caça sustenta um lobby da indústria baleeira, que tem acesso a subsídios governamentais, e garante o acesso do país às águas internacionais.
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