
Duas associações indígenas do Brasil (Ashaninka da aldeia Apiwtxa do Acre e Atix do Mato Grosso) receberam o Prêmio Equatorial 2017, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que premiou, no mês passado, as 15 melhores iniciativas de solução sustentável para desafios voltados à proteção e promoção de pessoas, comunidades e meio ambiente.
Dados do IPam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) apontam que as terras indígenas abarcam 110 milhões de hectares, equivalentes a 30% do carbono florestal da região e contribuem para restringir de 20 a 30 vezes as chances de desmatamento, quando comparada às áreas do entorno.
A premiação da Atix foi por defender as terras indígenas e encontrar alternativas de subsistência à comunidade que produz anualmente duas toneladas de mel orgânico certificado. Envolve 100 apicultores e 39 aldeias dos povos Kawaiwete, Yudja, Kisêdjê e Ikpeng.
Já a Apwtxa atua com reflorestamento e recuperação de áreas degradadas fora das terras indígenas, uma vez que essa já está garantida. Ensinam que a sustentabilidade está na manutenção da floresta em pé. Em 2015, os Ashaninka firmaram parceria com o BNDES para promoverem o manejo e produção agroflorestal.
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